Ela abriu uma das mãos, espalmada, à sua frente.
– Eu não quero fazer isso. – falou, com calma. – Sei que você não quer ferir estas pessoas… Por favor, coloque a arma no chão. A Policia já está chegando…
Márcio parou, olhando para ela. Seus olhos vislumbraram a porta da casa aberta, e ele correu para lá.
– Quero falar com Miranda! – gritou.
Marjorie correu atrás dele, mesmo sabendo que naquele momento, seria um erro tentar acertá-lo.
– Fique parado e solte a arma! – tornou a dizer.
Ela ficou estarrecida ao ver justamente a irmã de Ernesto aparecer na porta.
– Eu estou aqui, Márcio. O que você quer? Por favor, não faça nada contra as pessoas…
Ele parou, olhando para ela.
Marjorie parou atrás dele.
– É sua última chance, amigo. – falou, ainda pausadamente. – Solte o revólver. Se você se mexer, eu vou atirar!
– Ela levou o meu filho! Ela não podia ter me deixado!
– Podia, sim. – falou Miranda. – Eu quis ser feliz com você, mas você não deixou Acabou, agora. Quero você longe de mim, e longe do meu filho.
O que aconteceu a seguir foi muito rápido.
A Políca entrou pelo portão atrás de Marjorie. Márcio ainda estava com a arma na mão. Marjorie foi puxada por um policial, enquanto outro jogou-se sobre Márcio.
Miranda recuou para dentro da casa, antes que fosse ouvido o primeiro disparo. Houve mais dois, e em seguida o silêncio.