Sexta, 26 (Dia 146 – 2023)
O mais complicado para mim, nesta nova fase de vida, é que não estou mais conseguindo sair da cama tão cedo quanto gostaria. Não é pelo frio, que isso nunca me assustou. É pela sensação de que preciso estar descansado para passar o dia inteiro caminhando. Lembro de quando tinha aquela sensação de que não teria coragem de fazer esteira, mas quando via já estava fazendo.
Há alguma motivação a mais para ter coragem de passar o dia caminhando, mas sempre penso que para poder fazer isso tenho que estar descansado, então eu reluto em sair da cama para passar uma hora sentado na frente do computador quando poderia estar deitado, mesmo que não dormindo, mas descansando o corpo. Algumas pessoas, em especial na família, por que resolvi fazer isso agora, se é pelo dinheiro, ou o quê.
Essa atividade se enquadra naquilo que costumo dizer que estou fazendo não pelo dinheiro, mas eu não estaria fazendo se não me pagassem. Uma coisa que eu penso é que de nada adianta me esforçar e fazer caminhada na esteira de manhã cedo e depois passar o dia inteiro sentado na frente da televisão ou do computador. Não faz sentido.
Só Pela Preguiça, Será?
Anteontem um cidadão me questionou sobre o tempo que sobra depois de ter quitado uma notificação e expliquei que no momento em que ela é quitada, o carro fica zerado, sendo necessário que ele coloque tempo, pelo menos dentro dos próximos dez minutos, que é a tolerância no caso dos não idosos. Para os idosos a tolerância é de uma hora, mas passado este tempo, podem ser tarifados normalmente (desde que devidamente identificado pelo cartão do idoso no painel do veículo).
Este mesmo cidadão comentou também que fazia tempo que ele não via tantos “amarelinhos” pela cidade, e que havia percebido que faltava gente. Eu falei, “as pessoas não querem caminhar“, e ele respondeu que está difícil de enconttrar até quem queira trabalhar sentado.
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E então eu cheguei em um veículo e vi no sistema que não havia ticket em andamento. Gerei uma tolerância e quando fui colocá-la no parabrisa encontrei preso no limpador uma nota de R$ 2,00 com um recado escrito a punho: “pro estacionamento“. Muito engraçado. Fiz o procedimento e coloquei o comprovante junto ao bilhete. Aquele mereceu. É uma coisa cultural, por aqui. Eles confiam em que a coisa certa será feita.
Talvez a pessoa não tivesse tempo de esperar por um monitor e não soubesse usar o parquímetro. Se fosse em Porto Alegre, dificilmente aquele material ficaria ali por muito tempo. Fiquei feliz em poder retribuir a confiança depositada nos monitores de estacionamento. Mas é quase um exagero.
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Confiança é a palavra-chave desta postagem.
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