Domingo, 19
Faz bastante tempo que não toco no assunto, mas tenho descartado muita papelada, mais do que entra. É uma determinação que me dei, e venho cumprindo à risca. Gasto papel no ritual escrito de todas as manhãs (e de vez em quando nos finais de tarde, também), e gasto papel para fazer anotações que me ajudam a preencher dados no acompanhamento dos jogos do Grêmio, e gasto papeis fazendo minhas continhas com relação aos depósitos na poupança.
Se for comparar com o que era há alguns anos, a quantidade de pape que tenho guardada, hoje, é infinitamente menor. Eu era um acumulador e nem sabia que existia esta patologia. Simplesmente eu pensava que estava guardando para escrever (e era isso mesmo que eu pretendia fazer, algum dia), só que nunca escrevia, eu criava tudo direto na tela do computador. O surgimento e aquisição do hábito de repetir a escrita de todos aqueles grupos de conjuntos de frases é um santo remédio.
É claro que ainda entra papel, na forma de notas de compras de supermercado e envelopes que chegam, para nem falar em embalagens de produtos que podem ter o lado interno aproveitado no ritual de escrita. Uma outra coisa é o reaproveitamento de folhas de impressões de boletos e outros documentos, depois que passa algum tempo, mas aí se trata de papel que já estava na minha posse, só foi reutilizado.
Persistência
Puxando de novo a brasa para o meu assado: foi minha esposa que me livrou desse costume de acumular demais. Foi pela insistência dela que me livrei de algo perto de 200 quilos de papais de tudo que era tipo. Havia uma parte inteira de um antigo roupeiro cheia de papeis. No entanto, a manutenção da capacidade de me manter como ex acumulador se dá muito por eu ter disciplina suficiente para descartar material que poderia facilmente me fazer cair em tentação.
Houve tempo em que eu cataria material no lixo seco de casa, porque me doía pensar que havia todos aqueles “lados B“, especialmente das embalagens de café, que a esposa bebe bastante. Hoje em dia, se for o caso de guardar, só recolho o que ainda não foi para o lixo, e às vezes eu mesmo jogo ali, em vez de pegar. E aí descubro que não dói.
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