Quinta, 25 (Dia 145 – 2023)
Nem tudo são flores. Há pessoas que por usarem unhas compridas digitam a placa do veículo errada no parquímetro, não conferem o que digitaram, não colocam o comprovante no painel do veículo (o comprovante no painel nos possibilita olhar para ver que a pessoa digitou a placa com erro, e assim não consideramos quando o aplicativo do celular informa que o veículo está sem ticket de estacionamento) e esquecem que tem que aumentar o tempo de crédito colocado.
Quando elas retornam ao carro e descobrem que foram tarifadas, ficam furiosas. Chegam a mostrar o tamanho das unhas para justificar que erraram a digitação. Em casos como estes não há o que fazer, porque o comprovante não estava no painel do veículo. A responsabilidade de conferência do que foi digitado no parquímetro é do usuário. Não dá para terceirizar. Pode xingar o monitor à vontade. A pessoa não tem razão.
Questão de Justiça
Outro caso é o da pessoa que pode ser ou não ser idosa, não tem cartão de idoso no painel do veículo, não coloca tempo mas deixa o carro numa vaga que é para idosos. Lembrando que o veículo devidamente identificado como de idoso tem uma hora de tolerância antes de poder ser tarifado. Ontem aconteceu um caso desses, e eu fui cobrado por um idoso sobre o que faria naquele caso. O mais engraçado é que a minha supervisora havia justamente me orientado a respeito no começo do turno.
O que paara mim ressaltou na situação foi que o enquanto o veículo passou o dia inteiro na mesma vaga e sendo notificado pelo menos duas vezes, intercaladas por dez minutos de tolerância, o mesmo senhor que reclamou na primeira vez passou por mim mais duas outras vezes em momentos diferentes e comemorou quando falei que tinha colocado as notificações. E ele estava em seu pleno direito.
Integridade
Vinha eu descendo uma rua, indo de um setor de monitoração para outro, quando um cidadão me abordou para comprar tempo para seu veículo. Feito o procedimento, a vida seguiu. Uma das nossas orientações é a de que carro oficial devidamente identificado, bem como carros de empresas que estejam rodeados por cones (o que indica que naquele momento as pessoas estão trabalhando) não devem ser tarifados. É bastante comum as pessoas confundirem isso.
Então, quando passei por um veículo que tinha uma placa dizendo “Poder Judiciário; Oficial de Justiça; em Serviço“, nem dei bola. Vamos adiante. Quando ainda estava perto do veículo, muito tempo depois, me veio aquele mesmo cidadão pedir mais tempo e apontou justamente para o veículo que tinha aquela placa. Eu me surpreendi e disse a ele “o senhor é oficial justiça? Está em serviço? Não era nem para ter pago a primeira vez“.
Ele respondeu, “mas eu não estou em serviço, estou tratando de assuntos particulares e vai demorar, preciso botar mais tempo“. Feito o procedimento, antes de se afastar novamente, ele disse que “nós, de baixo, temos que ser honestos. Se lá em cima estão roubando é outra coisa, mas os pequenos temos que ralar“. Olha. Gostei.
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