Sexta, 15 (Dia 258 – 2023)
Hoje em dia somos todos muito reféns, e a maioria das pessoas não se dá conta. Somos reféns da energia elétrica, da internet, dos telefones celulares, dos computadores. Os computadores tomam muitas decisões por nós. Às vezes é tão simples quanto adivinhar quais notícias queremos ler. E às vezes é tão complexo quanto adivinhar se alguém cometerá um crime violento. Quando o algoritmo usado para tomar essas decisões não é transparente para o usuário, chamamos isso de caixa preta.
Algoritmos determinam na maior parte do tempo o que vamos ler ou assistir quando fixamos os olhos nos mais diversos aparelhos e não sabemos ao certo o que eles podem significar para o nosso futuro. Dois terços dos brasileiros possuem um smartphone. Um em cada cinco brasileiros possui uma smart TV. Um em cada cinco brasileiros afirma estar online quase constantemente. Mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo acessam o Facebook todos os dias.
São muitos dados e essas empresas que constroem nossas ferramentas digitais favoritas não apenas os coletam, elas os monetizam. As empresas estão competindo para ver quem consegue obter mais dados sobre você e depois oferecê-los aos anunciantes. Você não é o cliente deles, você é o que eles vendem. O Facebook sabe aqueles que são todos os seus amigos, viu todas as suas fotos, usa reconhecimento facial, conhece todos os seus dispositivos, sabe onde você mora e assim por diante.
Mas não é suficiente
Eles ainda compram dados de corretores de dados sobre sua vida off-line para aprimorar seus arquivos sobre você – como o carro que você dirige, o custo da sua hipoteca e o que você compra no supermercado. Embora esses dados sejam muitas vezes desleixados ou imprecisos, trata-se de uma indústria multibilionária. Por que fazer isso? Para veicular anúncios direcionados, é claro. Eles chamam isso de otimização da sua experiência no Facebook.
Mas talvez, mais precisamente, seja a monetização do seu comportamento. Vivemos numa era em que há mais dados disponíveis sobre o comportamento humano do que nunca. À medida que os computadores absorvem toda esta informação pessoal, cada vez mais fazem previsões sobre as nossas vidas. Isso pode criar o que chamamos de “viés de máquina”.
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Seja por diversão, distração ou trabalho, todos subestimamos o poder do algoritmo.
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