Domingo, 31
O DESVIO
Todo mundo tem problemas, é fato.
Nenhum de nós consegue fugir de pelo menos uma de três categorias de problemas: os físicos (desde alguma incapacitação ou deformidade, chegando ao natural avanço da idade), os financeiros, que não é preciso explicar (e que afligem a maioria de nós) e os psicológicos (no caso de algum distúrbio mental, ou confusão de emoções). Os psicológicos podem ser incluídos nos de saúde, mas nem todos os problemas de saúde são psicológicos.
Cada pessoa lida com seus problemas de um jeito. Algumas pessoas se envolvem com drogas; outras mergulham na bebida; outras afundam na depressão. Alguns caminhos são involuntários; outros são escolhidos. Nenhuma das soluções mencionadas resolve os problemas. Pelo contrário. Invariavelmente os tornam maiores, e mais invariavelmente ainda envolvem (e na maioria das vezes prejudicam) outras pessoas, que, por seu lado, também têm problemas para resolver.
O mais complicado, portanto, é encontrar um jeito de administrar a administração de problemas de modo a que essa administração não se torne um problema maior tanto para a pessoa que administra quanto para as pessoas que a cercam. É uma tarefa quase impossível para muitos, e verdadeiramente impossível para a maioria.
Falando por mim, que é por quem posso falar: meu jeito de administrar os problemas é bastante inocente. Não resolve os problemas, claro, mas os torna menos impactantes, menos opressivos. Me permite, até, em certos momentos, não pensar neles, esquecendo que existem. É um jeito inocente, mas funciona. Não transfere os problemas para outras pessoas; na verdade, baseia-se na observação de um determinado tipo de problema que algumas outras pessoas possam eventualmente ter.
Há uma parte do meu jeito de administrar que pode me dar ideias de como solucionar um problema, sem causar pressão, sem aumentá-la nem aumentar o problema, e até mesmo aliviando-a.
DRIBLANDO a EMOÇÃO
A base da base para não se deixar soterrar pela pressão dos problemas é uma só, para a qual a maioria das pessoas não atenta e quando pensam sobre isso julgam impossível alcançar: é o desvio do envolvimento emocional com a questão. Veja: o desvio do envolvimento emocional, já que também é impossível não se envolver emocionalmente. O envolvimento emocional não precisa ser total se soubermos como dar um desvio no pensamento.
Com o Dyer aprendi que meus sentimentos se originam dos meus pensamentos. Meus pensamentos se desenvolvem na minha mente. E o controle da mente foi o grande, o maior presente que Deus poderia nos ter dado, e deu. Nós controlamos a nossa mente. Controlando a mente temos controle sobre o que pensamos. Controlando o que pensamos, podemos controlar o que sentimos.
É simples? Não. É possível? Perfeitamente. É o que as pessoas escolhem? Nem em sonho.
Controlar o que pensamos para controlar o que sentimos e com isso controlar nossas ações é um processo que dá trabalho. Começando pelo fato de que é preciso ter consciência da atividade mental que se está tendo naquele momento e começar a pensar, para desviar a atenção. E não há nada de que o ser humano mais queira distância do que ter que pensar.
Portanto, não é simples, não é fácil, mas não é impossível.
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Se você quer saber mais sobre como não confundir atividade mental com pensamento, clique aqui.
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Obrigado.
Aprecio o que tu escreve meu amigo Nilton. Tu tens um estilo de fácil compreensão e de forma clara, obrigado por compartilhar.
Minha amiga Delair, eu que agradeço pelo prestígio da leitura.